Répteis
 

Répteis

Os levantamentos de répteis (cobras, lagartos, jacarés, jabutis...) registram cerca de 180 espécies para Cerrado, das quais 22 integram as listas de espécies ameaçadas de extinção. O percentual de endemismo é mais alto que o de aves e mamíferos, chegando a 17%. Só de lagartos, são mais de 50 espécies, das quais mais de 10 (cerca de 25 %) são endêmicas e nove já estão ameaçadas. Estes animais vivem em quase todos os ambientes (subterrâneos, aquáticos, terrestres e arbóreos), alguns podem colocar ovos e outros gerar filhotes (vivíparos). A maioria tem hábitos diurnos e, o mais interessante, algumas espécies são crípticas, ou seja, têm a capacidade de se camuflar no ambiente.

Fontes

Espécies

Calango

Descrição

Corpo robusto com dorso castanho com pontos negros e claros, às vezes formando faixas transversais. Membros longos e cauda relativamente curta. Pescoço com faixa transversal negra margeada por uma faixa clara, que tende a desaparecer nos indivíduos maiores. Ventre claro e garganta negra nos adultos. Machos adultos apresentam a face ventral da coxa e da cauda de cor negra. O comprimento rostro-anal alcança 140 mm. Distingue-se de Tropidurus oreadicus e T. itambere por possuir duas bolsas de ácaros rasas nos lados do pescoço (uma bolsa profunda nas outras duas espécies).

Hábitos

Diurna, territorial, heliófila, sendo ativa nas horas mais quentes do dia. Come artrópodos, como formigas, vespas, aranhas, besouros e larvas de insetos. Animais maiores, podem ingerir quantidades consideráveis de partes vegetais. Sobe com facilidade por muros e troncos de árvores. Passa a maior parte do tempo parada em um ponto elevado de seu território de onde localiza presas, se deslocando rapidamente para capturá-las. Quando notado, fica imóvel tentando se confundir com o ambiente ou corre rapidamente para buracos ou fendas de rocha. Distribuição geográfica: Brasil, exceto na região Amazônica. Argentina, Uruguai e Paraguai.


MAIS IFORMAÇÕES

 

Nome Científico

Tropidurus torquatus (Wied, 1820)

 

Ordem

Squamata

 

Família

Tropiduridae

 

Ambiente

Áreas abertas, principalmente sobre rochas, cupinzeiros, troncos caídos e no chão. Comum em áreas alteradas pela ação do homem, como roçados, quintais e jardins.

 

Situação de conservação da espécie

Pouco preocupante. Pressão de caça e da destruição e fragmentação dos ambientes e ecossistemas que habita.

 

Reprodução

 A reprodução ocorre quase que inteiramente durante a estação chuvosa, sendo que a fêmea pode depositar mais de uma ninhada durante o ano. As ninhadas variam de 2 a 6 ovos. Os filhotes nascem com cerca de 40 mm de comprimento rostro-anal e atingem a maturidade sexual perto dos 65 mm, no seu primeiro ano de vida. Machos adultos são maiores que as fêmeas.


DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA:

Distribuição geográfica do cachorro do mato
*Brasil, exceto na região Amazônica. Argentina, Uruguai e Paraguai
Fontes

Cascavel

Descrição

Normalmente de coloração cinza-oliváceo. Caracteriza-se por possuir chocalho na extremidade de cauda, que é formado por resíduo da pele de cada muda. A cascavel pode mudar de pele até 4 vezes no ano. Seu aparelho inoculador de veneno é dotado de presas móveis e canaliculadas, sendo muito eficiente. A fosseta loreal, órgão situado entre a narina e o olho, é responsável pelas sensações térmicas, que é muito sensível e auxilia na localização de presas e na locomoção. Possui olfato muito desenvolvido e os odores são captados pela língua.

Hábitos

Crepuscular e noturno. Carnívora, alimentando-se de pequenos mamíferos que mata por envenenamento


MAIS IFORMAÇÕES

 

Nome Científico

Crotalus durissus

 

Ordem

Squamata

 

Família

Viperidae

 

Ambiente

regiões de clima quente e seco.

 

Situação de conservação da espécie

Pouco preocupante

 

Reprodução

Vivípara


DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA:

Distribuição geográfica do cachorro do mato
*Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Há muitas variedades da espécie, principalmente distinguidas pela coloração.
Fontes

Jabuti, jabuti-piranga, jabutipiranga, jabutitinga

Descrição

Animais corpulentos com carapaça (parte dorsal) alongada e convexa, de colorido destacado. A carapaça é uma estrutura óssea formada pelas vértebras do tórax e pelas costelas. É revestida por escudos (placas) córneas, normalmente marrons ou acinzentados com mancha amarela em cada escudo. Escamas das patas e cabeça vermelhas. Patas curtas, grossas, sem dedos e com unhas grossas e fortes, especialmente desenvolvidas para caminhar em locais secos e escavar. Os machos são maiores que as fêmeas, podendo medir 70 centímetros e pesar de 6 a 12 kg. Vivem cerca de 80 anos. Distingue-se de Geochelone denticulata pelo colorido mais vivo.

Hábitos

Terrestre e onívora, alimentando-se principalmente de folhas e frutas. Escava tocas rasas junto a troncos e pedras, onde se esconde. Se molestado, se recolhe na carapaça.


MAIS IFORMAÇÕES

 

Nome Científico

Geochelone carbonaria

 

Ordem

Chelonia

 

Família

Testudinidae

 

Ambiente

planície de inundação, cerrados e em áreas florestais do Pantanal

 

Situação de conservação da espécie

Pouco preocupante

 

Reprodução

Ocorre entre na primavera e verão. A maturidade sexual acontece entre 5 e 7 anos de idade. Botam de 6 a 7 ovos, mas autores citam posturas de 15 a 20 ovos. A incubação é de 6 a 9 meses. O plastrão (parte ventral) das fêmeas é reto e dos machos com profunda côncavo.

 

Mais Informações

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jabuti-piranga


DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA:

Distribuição geográfica do cachorro do mato
*Brasil, exceto Oeste da Amazônia e região Sul.
Fontes

Jacaré-de-papo-amarelo

Descrição

Animais de porte médio. Dorso marrom escuro e ventre cor creme. Focinho relativamente curto e pouco ornamentado. Mandíbula forte. Com a boca fechada, os dentes do maxilar superior são visíveis. O quarto dente do maxilar inferior encaixa-se numa depressão existente no maxilar superior, não aparecendo quando o jacaré está com a boca fechada. Normalmente possuem ornamentos cônicos nucais deparados dos escudos dorsais. Pernas curtas; patas providas de grandes unhas. permanecendo horas parado tomando banhos de sol. Pode alcançar 3,5 metros, mas raramente encontra-se animal maior de 2 metros na natureza. Vive de 50 e 70 anos.

Hábitos

Aquática, carnívora e vive em grupos. É mais ativa durante a noite, alimentando-se de vertebrados, principalmente de peixes, na fase adulta e também de invertebrados na fase jovem.


MAIS IFORMAÇÕES

 

Nome Científico

Caiman latirostris

 

Ordem

Crocodylia

 

Família

Alligatoridae

 

Ambiente

Brejos, mangues, lagoas, riachos e rios.

 

Situação de conservação da espécie

Pouco preocupante

 

Reprodução

Fazem ninhos no formato de montes, que abriga de 18 a 50 ovos, geralmente postos em duas camadas, durante a estação de chuvas. Em cativeiro há registros de 20 a 60 ovos. Encubação de 70 a 80 dias. Existe um forte cuidado parental dos filhotes por ambos os sexos.


DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA:

Distribuição geográfica do cachorro do mato
*Leste do Brasil (do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul) e áreas de drenagens dos Rios Paraná e São Francisco. Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia.
Fontes

Teiú

Descrição

Corpo cilíndrico e robusto. Dorso com barras negras transversais que se alternam com faixas transversais mais claras, com pontos negros e cinza. Flancos mais claros, com barras negras menos distintas e pequenos círculos brancos espalhados. Membros e cauda longos e robustos. Ventre claro com barras negras transversais e irregulares. O comprimento rostro-anal pode alcançar a 450 mm em machos adultos, que são maiores que as fêmeas. Distingui-se de Tupinambis rufescens pela coloração negra do dorso (avermelhada em T. rufescens) e por possuir mais de 25 poros femorais (menos de 20 em T. rufescens). Vive proximadamente 16 anos.

Hábitos

Espécie diurna, heliófila e ativa durante todo o dia. Onívoro, alimenta-se de vertebrados, partes vegetais, moluscos e artrópodos, podendo comer carniça. Passa a maior parte do tempo em movimento à procura de presas, que localiza com o auxílio da língua comprida e bífida. Vive no chão, podendo ser observada em áreas ensolaradas, com capim baixo ou com pedras. Costuma freqüentar áreas antrópicas, invadindo galinheiros para comer ovos e pintinhos. Se ameaçada, pode ficar imóvel e tentar se camuflar no ambiente ou fugir rapidamente, fazendo muito barulho.


MAIS IFORMAÇÕES

 

Nome Científico

Tupinambis merianae (Duméril e Bibron, 1839)

 

Ordem

Squamata

 

Família

Teiidae

 

Ambiente

Área abertas de cerrado. Também em bordas de mata-de-galeria e em matas mais abertas

 

Situação de conservação da espécie

Pouco preocupante

 

Reprodução

A reprodução aparentemente ocorre ao final da estação seca. O tamanho da ninhada varia de 13 a 29 (36) ovos. Ovos eclodem após 60 a 90 dias de incubação. Pouco conhecida.


DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA:

Distribuição geográfica do cachorro do mato
*Brasil, exceto na Floresta Amazônica. Argentina e Uruguai.
Fontes
Laboratório de Pesquisas Interdisciplinares sobre Tecnologias e Educação
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